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Espinheira santa

Gilson Giombeli

Nome científico: Maytenus ilicifolia

Nome popular: espinheira santa, cancerosa-de-sete-espinhos, cancrosa, contorça, maiteno, salva-vidas, sombra-de-touro, erva-santa.

Sin. Maytenus angustior, Maytenus muelleri, Maytenus hassleri, Maytenus spinifolium

Família: Celastraceae

Parte usada: folhas

Origem: sul e sudeste do Brasil

Princípios ativos: taninos, flavonóides, mucilagens, terpenos (maitensina, maitomprina, maitambutina, e maitolidiana) e sais de ferro, enxofre, sódio e cálcio.

Ação da espinheira santa:

Possui uma propriedade tonificante (por reintegração das funções estomacais);
Potente ação anti-úlcera gástrica (tanino);
Cicatrizante de lesão ulcerosa;
Potente ação sobre fermentações gastrintestinais (devido à ação anti-séptica);
Age sobre o fígado (devido às perturbações intestinais);
Acalma as gastralgias (devido ao estímulo e correção das funções).

Indicações:

Tonificante, anti-úlcera, carminativa, cicatrizante, anti-séptica, levemente diurética e laxativa.

Espinheira santa e pesquisas:

1922 - Aluízio Franca (professor da faculdade de Medicina do Paraná) relatou o sucesso obtido no tratamento da úlcera gástrica.
1991 - em estudo farmacológico foi demonstrado a sua potente ação anti-ulcerogênica. Neste estudo foi comparada com a ranitidina e cimetidina. O simples chá foi tanto eficiente quanto as duas principais drogas.
Obs. Nos EUA vem sendo usada como anti-úlcera, para recomposição da flora intestinal e inibição de bactérias patogênicas.

Formas de uso:

É indicado o chá antes das refeições.
O professor Sylvio Panizza, na obra: Plantas que Curam (Cheiro de Mato) de 1998; 3a- edição. Ibrasa, São Paulo. Pág. 280, ensina o preparo da seguinte forma:
1 colher (sobremesa) de folhas picadas, para uma xícara (chá) de água fervente, antes das refeições.

Cuidados/contra-indicações:

Não usar na gravidez, lactação e pessoas com hipersensibilidade.

Tempo de administração:

o tempo que se fizer necessário

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERTOLUCCI, S. K. V.; CAPPELLE E. R.; PINHEIRO R. C., Manipulação de Fitoterápicos; Lavras: UFLA/FAEPE, 2001.
DRECHER, L. Herbanário da Terra – Plantas e Receitas. Ed. Arpa, Laranja Da Terra – ES. p. 64; 2001
LORENZI, H.: Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas e Árvores Nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, Vol I – 4ª. edição. p. 131. 2002
LORENZI, H.; Matos, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil – Nativas e Exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, p. 220- 221; 2002
PANIZZA, S. Plantas que Curam – Cheiro de Mato. São Paulo: Ibrasa, 25ª. edição. p. 116 – 117, 239; 1997
TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Herbarium – Compêndio de Fitoterapia, 4ª. edição, Curitiba – PR

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